Teste Comparativo Honda PCX (modelo 2018) vs. Yamaha N-MAX

Uma análise sobre as duas principais competidoras no mercado das scooters 125 – PCX vs N-MAX

12 Junho 2018

Tive recentemente oportunidade de fazer algo que nem o pessoal da comunicação social especializada ainda conseguiu!!!….à data!

É verdade…testei em dias próximos as duas grandes rivais nas scooters citadinas. Foram dois pequenos test-drives mas suficientes para perceber algumas diferenças e principalmente as muitas semelhanças entre estas duas rivais, luta esta reforçada com a chegada de uma nova PCX ao mercado.

Apresentada no Salão de Madrid no início de Abril, a nova versão da mais vendida das scooters em Portugal (e não só!) tem argumentos reforçados na luta que, ainda assim, continua a dominar.

PCX1

As principais diferenças face ao modelo anterior passam pela adopção do ABS (em vez do combined brake system) mas mantendo o conjunto disco à frente e tambor atrás, novo visual com faróis LED, ligeira melhoria na capacidade de guardar um capacete integral por baixo do banco (mais alto 4mm).

PCX2

A instrumentação passa a ser digital e ganha uma tomada 12v no pequeno porta luvas da coluna de direcção. Estas as alterações visíveis, complementadas com outras que passam despercebidas à vista mas são tão ou mais importantes: nova ciclística mais leve e motor ligeiramente mais potente.

PCX3

E face à rival, continua a disponibilizar 2 grandes vantagens: um depósito maior – 8 litros face aos 6 da N-Max – e o sistema Start&Stop, que tão bons resultados dá em termos de economia no trânsito citadino, que é aquele a que estas pequenas motas se destinam.

As novas PCX estão agora a chegar aos stands para entrega aos seus novos donos e apresentam-se em 4 cores: branco, cinza, preto e vermelho.

PCX4

Quanto à Yamaha, pouco haverá a dizer de um modelo que já tem 3 anos no mercado mas, não tenhamos quaisquer dúvidas, serviu de bitola à Honda para os desenvolvimentos que fez. Sim, a N-Max já tinha ABS (e discos nas 2 rodas) e instrumentação digital.

NMAX1

Mas em futura versão, um sistema Start&Stop virá certamente como novidade, tal é o seu contributo para a economia destes pequenos veículos.

NMAX2

E este é um ponto importante pois se a PCX passa a ser um pouco mais leve e a ter um ligeiro aumento de potência que não porá em causa as marcas de consumo obtidas pela anterior versão (ligeiramente acima dos 2l/100km) o que associado a um depósito de 8 litros se traduz numa autonomia a aproximar-se dos 400km, no caso da N-Max, com um consumo próximo dos 2,5l/100km e um depósito de apenas 6 litros, essa autonomia será apenas de cerca de 250kms (para menos…). Convém referir que o pequeno teste efectuado às duas scooters não permitiu aferir estes argumentos.

NMAX3

A Yamaha está disponível em 2018, em 3 cores: branco, cinzento e azul.

NMAX4

Apesar da minha quase nula rodagem com estas pequenas motas, aqui ficam algumas notas da experiência e da comparação entre ambas. Em primeiro lugar, dizer que em termos de performances são muito equivalentes e ambas cumprem com muita facilidades as suas obrigações de desembaraço no trânsito citadino. E aqui, para quem está habituado a “cavalos” maiores, a primeira revelação: a agilidade no meio do trânsito graças à leveza e rapidez de reacção que fazem desde logo compreender o porquê do sucesso destas soluções para o trânsito engarrafado dos meios urbanos…associado a uma economia imbatível (com motores de combustão, claro).

Convém referir, que a Honda testada tinha pouco mais de 25km “de vida” enquanto a rival Yamaha já ultrapassava os 3.000. E isso tem o seu impacto. De facto, a Yamaha pareceu ser algo mais atrevida, com um pouquinho mais de rapidez que a PCX (efeitos da juventude desta? Muito provavelmente). Em subida pronunciada e com o punho “enrolado” ambas cumpriram de modo equivalente, com a ressalva anterior de a N-Max parecer chegar à velocidade máxima ligeiramente mais depressa.

No que respeita a conforto, também aqui o equilíbrio domina. Ainda assim, direi que me pareceu a suspensão da N-Max com maior capacidade de absorver a “qualidade” dos pisos citadinos (ou a falta dela, pois as crateras proliferam…) bem como ligeiramente mais agressiva em curva.

A protecção aerodinâmica de ambas é similar…e convenhamos, para as velocidades a que se deslocam dificilmente será questão que se coloque, embora um utilizador mais coca-bichinhos possa optar por écrans mais altos. Talvez se justifique em deslocações à chuva… A N-Max consegue levar (com jeitinho) o meu capacete integral por baixo do banco, algo que a PCX também faz (não com muita folga). Ao invés, esta disponibiliza um pequeno porta luvas fechado (mas não trancado) com uma tomada 12v para carregamento de telemóveis, por exemplo. Já a N-Max, e no mesmo local tem apenas um buraco aberto, isto é, o que estiver no seu interior estará à mercê dos elementos.

Esteticamente, o meu gosto pessoal inclina-se para a Yamaha (o que para um “Hondista” ferrenho é estranho…) mas a qualidade dos acabamentos da Honda diferencia-se claramente. Existem outras opções no mercado, umas mais baratas (marcas coreanas e indianas) e outras, dentro da mesma cilindrada, mais caras e geralmente maiores. Ou seja, menos económicas na aquisição e no consumo diário mas eventualmente com a compensação de maior conforto e protecção. Mas não era isso que aqui estava em causa.

Apenas testar as rainhas das scooters 125…as tais que não precisam de carta de mota bastando a carta de ligeiros (se a idade for superior a 25 anos, atenção…que abaixo é necessário ter a licença de motociclos).

Dito tudo isto e sendo a PCX e a N-Max tão, mas tão, equivalentes diria que as opções seriam:

– Racional: a Honda, pelo seu consumo e pela qualidade dos acabamentos.

– Passional: a Yamaha, pela sua estética e pela ligeiríssima maior genica/rapidez.

Um conselho final: se ponderam adquirir alguma destas hipóteses, experimentem-nas! Os concessionários facilitam e vale a pena comparar.

E não se esqueçam da máxima: “A melhor mota para fazer uma viagem é a nossa!”

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