Solares de Portugal – Viajar no tempo, habitar o património… (2020)

Pernoitar num dos Solares de Portugal é usufruir da calorosa hospitalidade e boas–vindas, que são uma arte das famílias portuguesas. É também conviver com um património rico em história e cultura e com uma secular tradição que os donos das casas partilham com os seus hóspedes, de modo cortês e simples.

Desde a primeira hora, os Solares de Portugal, acompanham e apoiam o projecto Viagens ao Virar da Esquina.

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No ano passado visitei 4 dos mais de 120 alojamentos espalhados pelo território nacional e, em 2020, apenas acrescentei mais 2 a essa lista por força da situação que vivemos.

Os Solares de Portugal possuem no seu portfolio mansões, solares, quintas e casas dispersos por todo o território nacional, que estão disponíveis para quem nelas se queira acolher. Fazem parte do património arquitectónico de Portugal e são repositório da sua História e das muitas histórias locais que contribuíram para a cultura e tradição do nosso País.

Mais do que apenas pernoitar, conhecer a história e desfrutar da estadia passando dias agradáveis nos Solares de Portugal é usufruir da calorosa hospitalidade e boas–vindas, que são uma arte das famílias portuguesas. É também conviver com um património rico em história e cultura e com uma secular tradição que os donos das casas partilham com os seus hóspedes, de modo cortês e simples.

A oferta dos Solares de Portugal divide-se em três categorias: Casas Antigas, Quintas e Herdades e Casas Rústicas, consoante a sua imponência, quer na dimensão, espaços envolventes e jardins, quer na decoração e peso histórico.

As Casas Antigas caracterizam-se pela sua arquitectura erudita e muitas delas remontam aos séculos XVII e XVIII. Nas Quintas e Herdades, o acolhimento faz-se num ambiente mais rural, pois estas casas constituem o assento de lavoura, ainda vivo e palpitante, da propriedade agrícola em que se enquadram.

Para quem preferir usufruir da calma da vida do campo, existem as Casas Rústicas, com grande valor etnográfico, na medida em que usam na sua arquitectura – simples e de pequenas dimensões – materiais e processos construtivos caracteristicamente locais.

Desta feita, e no âmbito de algo que começou por ser uma parceria e é hoje uma amizade, conheci mais dois Solares de Portugal , agora bem a Norte de Portugal.

Aqui fica o resumo!

Guimarães e a Casa do Ribeiro

Já sabemos: é o Berço da Nacionalidade! Aí foi proclamado o nascimento de Portugal, foi a primeira capital do País e, ainda hoje, é a residência oficial – o Paço dos Duques de Bragança – do Presidente da República quando se desloca ao Norte do País (poderemos assim dizer, nesta perspectiva, que é a nossa segunda cidade-capital).

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Palácio dos Duques de Bragança

É difícil fugir dos clichés quando falamos de Guimarães, tal é o seu peso na História de Portugal e na nossa memória colectiva.

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“Aqui nasceu Portugal”…

O Castelo, o Paço dos Duques de Bragança, , o bonito e simbólico Largo da Oliveira, as ruelas do seu centro histórico bem cuidadas, o bom estado de conservação das muitas casas com uma arquitectura bem característica. Tudo denota o carinho devotado à preservação da memória na Cidade- Berço. 

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Castelo de Guimarães

Foi no Largo da Oliveira que encontrei o Guimarães das Duas Caras. E a história que me levou a Guimarães.

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O “Guimarães das Duas Caras” (Largo da Oliveira)
Na Casa do Ribeiro

A meia dúzia de quilómetros da cidade de Guimarães encontrei a Casa do Ribeiro. Típico solar minhoto com uma fachada branca, debruada a granito e um portal imponente, encimado pelas armas da família. À direita, a original capela.

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Casa do Ribeiro

Passado o portão de entrada depara-se-nos o pátio interior. Duas escadas confluem na porta principal. No 1º piso o Solar propriamente dito e no piso térreo as antigas instalações dedicadas à lavoura, duas das quais já convertidas à utilização pelos visitantes da Casa do Ribeiro.

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A sua construção data de finais do Séc XVII e tem permanecido na família desde então. A casa, apesar de em diferentes momentos ter sido alvo de obras de recuperação, mantém a sua traça original, a presença cuidada do mobiliário de época com que sucessivamente foi enriquecida e, naturalmente, a presença vigilante dos nobres antepassados através dos seus retratos que preenchem algumas das paredes.

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Quando, vindo do pátio, entrei na porta do primeiro piso, subido que foi um dos lanços laterais das escadas de granito, deparei-me com uma linda liteira que ostenta numa das portas o brasão familiar, visível também na magnífica tapeçaria que lhe serve de cenário…

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…o resto da descrição deste magnífico solar e da forma excepcional como fui acolhido está em: “Guimarães e a Lenda das Duas Caras

Chaves e a Quinta da Mata

 Tenho particular carinho por Chaves. Sinto-me lá bem. E de cada vez que por lá passo…fico deslumbrado pela beleza da Ponte de Trajano sobre o bonito rio Tâmega. Ex-líbris desta cidade que tem muito, muito mais para nos dar.

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Ponte de Trajano

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